A sigla BRIC foi cunhada em 2001 pelo Goldman Sachs e tem sido utilizada por analistas do mercado financeiro. No entanto, esse grupo, que nasceu como um objeto – vislumbrado como uma fonte de ativos de alto rendimento para investidores globais – se estruturou como um sujeito, como um ator importante nos diálogos internacionais e com uma mensagem muito clara: não aceitaremos o papel nos foi dado e queremos ser protagonistas nas questões econômicas internacionais. O grupo, portanto, organizou-se em torno de um programa de rejeição ao status quo. A partir disso, é claro, surge a necessidade de construir uma agenda econômica positiva e com propostas referentes à ordem internacional e também ao relacionamento entre os cinco países. Este artigo visa, assim, explorar as possibilidades e desafios para a constituição dessa rede de relações econômicas entre os BRICS, em particular em duas dimensões principais: i) produção (comércio internacional e investimento estrangeiro direto); (ii) monetária e financeira.
Diálogo econômico nos BRICS: potencialidades e desafios
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